sábado, 28 de junho de 2008

Cerimônia de Posse - 16 de maio de 2008






Gostaríamos de agradecer a todos que participaram e que estiveram presentes e sobretudo aqueles que com muito zelo prepararam toda a cerimônia, considerada impecável. Foram eles: Roberta Japiassú, Conceição e Nestor, do Cerimonial da UFPE, Wilson Galindo, funcionário do CCB, a querida Professora Marilene Cordeiro que se ocupou da decoração do auditório, por sinal belíssima e elogiadíssima e ao eficiente fotógrafo, aluno bolsista da ASCOM, Gustavo Guerra, pela excelente qualidade das fotos e pela sequência das mesmas, registrando assim toda a cerimônia.


Nossos sinceros agradecimentos.


Angela e Sílvia

Fotos - Dia da Posse - 16 de maio de 2008


Composição da Mesa: Professores: André Furtado , Mariano Aragão, Magnífico Reitor Prof. Amaro Lins, o Vice-Reitor, Profos Gilson Edmar, Décio Lyra e as Professoras Míriam Guarnieri e Graça Cunha.

Comissão de Honra, os Professores: Dilosa Barbosa, Magali, Marcelo Tabarelli

Paulo Padovon, os Servidores: Mário Ferreira e Nielson e o Discente: Alcides Lins

Entrada.

Apresentação do coral do Banco do Brasil (agradecemos a Profa. Florisbela Campos, que nos presentou com esse momento)

Coral do Banco do Brasil

Fotos do dia da Posse: 16 de maio de 2008

Momento do pronunciamento da Profa. Míriam Guarnieri
Chefes de Departamento presente: Professores Antonio Souto, Eliete, Fernando, Elizabeth, Cristina, Abel, Mônica, Neide, Tércilio, Paulo Miranda, Etiene, Armando.

A mesa cumprimentando a Profa. Míriam Guarnieri, após o seu pronunciamento

Assinatura do Termo de Posse
Assinatura do Termo de Posse
Momento do início do Discurso de Posse

Discurso
Encerramento do discurso (Profos. Márcio Gueiros, Glória Isolina, Fabiano, Jãoa Batista, Adelaide, Lúcio...)

Fotos do Dia da Posse: 16 de maio de 2008

Cumprimentos dos membros da mesa após o discurso de posse

Homenagens recebidas
Coral Vozes do Campus

Homenagem à Profa. Míriam Guarnieri

Fotos - Dia da Posse - 16 de maio de 2008

Pronunciamento do Magnífico Reitor, Professor Amaro Lins
Encerramento da cerimônia



Cumprimentos (Marilene, Florisbela....)

Cumprimentos: Antônio Carlos, Jõao Amazonas, Graça, Edmilson, Luciana Grassano, Isaíras Padovan...

Discurso da Posse

Recife, 16 de maio de 2008

Posse das Diretora e Vice-Diretora do Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Angela Maria Isidro de Farias (Diretora)
Sílvia Moraes (Vice-Diretora)

Discurso proferido por Angela Maria Isidro de Farias

Saúdo o Magnífico Reitor, Professor Amaro Lins, em nome do qual saúdo todos os demais membros componentes da mesa.

Saúdo, ainda, todos os presentes: os Senhores Pró-Reitores, Diretores de Centros, Diretores de Órgãos Suplementares e da Administração Central, Coordenadores e Vice – Coordenadores de Cursos, Chefes e Sub-Chefes de Departamento, Docentes, Servidores Técnicos Administrativos e de Laboratório, Vigilantes, Discentes, Representantes dos Diretórios Acadêmicos, dos Sindicatos de Classes, Familiares e Amigos aqui presentes, boa tarde.

Nesse discurso farei uma breve retrospectiva do processo de eleição, das dimensões do Centro de Ciências Biológicas e nesse breve tempo, darei destaque para algumas propostas, constantes no programa de campanha.

Primeiramente sobre a decisão de nos candidatarmos aos cargos de Diretora e Vice-Diretora deste Centro. Ela foi tomada de forma colegiada, após dias e dias de discussões, realizadas por um grupo, bem representativo desse Centro, que foi com o tempo sendo ampliado e fortalecido.

A dupla Ângela e Sílvia: tive a oportunidade e hoje posso dizer o prazer de trabalhar com Sílvia na Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (PROACAD), onde ela permaneceu na equipe, durante 2 anos. O tempo suficiente para descobrirmos vários pontos em comum, a definição de critérios e a imparcialidade na tomada de decisões, o compromisso, a visão necessária para quem ocupa cargo dessa magnitude, em que a coletividade e o todo devem prevalecer. Por outro lado, a fragilidade aparente, a paciência, a paz que emana de Sílvia, traz o equilíbrio, a dose necessária para aqueles momentos em que me tornarei enfática, em que defenderei com muito fervor um ponto de vista, uma causa. As causas pelas quais lutarei agora serão aquelas concernentes ao CCB. Por vezes, essas minhas reações são confundidas com agressividade, quero deixar claro entretanto que essa guerreira só surge quando se faz absolutamente necessário.
A campanha: a nossa chapa foi a única inscrita, o que aumentou ainda mais a nossa responsabilidade e a necessidade de mobilizarmos todo o Centro. Visitamos todos os departamentos, salas de aula, fizemos inúmeras reuniões, com todos os segmentos da nossa comunidade, ouvimos, discutimos para finalmente construirmos, de forma colegiada, as diretrizes do nosso programa: Por uma Gestão Participativa e Integradora.

No dia 12.12.2007 fomos eleitas e hoje podemos dizer que respaldadas pela comunidade, uma vez que mais de 70% dos servidores (docentes, técnicos e vigilantes) e cerca de 32% dos discentes, compareceram às urnas. Dos votos depositados, mais de 90%, oriundos dos 3 segmentos, confirmaram o apoio a nossa proposta.

O dia da Posse: quando eu e Sílvia nos reunimos para darmos início aos preparativos, ao discurso, a escolha de quem faria o discurso panegírico, a comissão de honra, confessamos que sentimos, com a proximidade desse dia, uma certa angústia, por essa nova missão, que hoje se inicia.
Convidamos:
O Professor André Furtado, para proferir o discurso panegírico. André, permita-me assim o chamar, você não foi escolhido por acaso. A sua presença hoje muito nos honra, todos nós sabemos da importância de sua participação na construção da história desse Centro. Além do que, você foi a primeira pessoa a quem recorri, pedindo ajuda, para preparar a minha primeira aula sobre os insetos, no início de 1978. Naquela época, eu não tinha dinheiro suficiente para comprar os livros necessários e pedi os seus emprestados. Não esqueço nunca as suas palavras, ao me responder que eu poderia ficar a vontade, disponibilizando-me de imediato, toda a sua vasta biblioteca, aproveitando a oportunidade, para me falar sobre a importância das pesquisas na nossa área. Desde então me tornei sua fã,você sabe disso, e hoje além de ser cúmplice será testemunha dessa nova etapa que hoje se inicia na minha vida.
A Comissão de Honra: quando tomamos conhecimento que deveríamos convidar, a princípio, para compor a comissão de honra, quatro docentes, um funcionário e um estudante, ficamos apreensivas, sem saber o que fazermos diante de uma lista enorme de candidatos. Imediatamente retornamos aos bons, assim os considero, hábitos, adquiridos ao longo desses últimos anos, o de utilizar critérios. Optamos assim pelo fator tempo, pela diversidade e pela simbologia. Assim resolvemos convidar: um docente aposentado, ainda saudoso e em fase de transição; entre os que estão em exercício, o mais antigo, não necessariamente o mais velho e por essa razão passaremos a chamá-lo então de o “mais experiente”. Nessa construção espaço-temporal da comissão, o terceiro docente seria aquele nomeado mais recentemente. Os mesmos critérios foram utilizados na escolha dos dois servidores técnicos.
E assim convidamos: a Professora Dilosa Barbosa, hoje aposentada, simbolizando o profissional que se dedicou integralmente a essa instituição e a esse Centro, em seu nome queremos expressar todo o nosso reconhecimento a todos aqueles que ajudaram a construir a história do CCB. A Professora Janete Magali (Dept° de Antibióticos), que ingressou na UFPE nos anos 60, sendo portanto, juntamente com as Professoras Maria Odete (Dept° de Histologia) e Laíse Cavalcante (Dept° de Botânica), as docentes, em exercício, mais experientes do CCB, que certamente acumularam ao longo desses anos “os saberes da experiência”, que associados aos “saberes científicos e pedagógicos”, simbolizam a plenitude do exercício da docência. Para chegarem aonde chegaram, percorreram um longo caminho, no meio do qual se encontra hoje, seguindo essa linha do tempo, o Professor Marcelo Tabarelli (Dept° de Botânica), simbolizando assim o docente em uma de suas fases mais produtivas, criativas, inspirado e sendo fonte de inspiração para os nosso discentes, comprometido, como muitos aqui dos presentes, igualmente, o que é extremamente importante, tanto com o ensino quanto com a pesquisa, ambos de qualidade.
O Professor Valdir Balbino (Dept° de Genética), é o docente mais novo deste Centro, com menos de dois anos de sua nomeação, simbolizando assim o início, a renovação, a energia necessária na dinâmica desse processo.
A Universidade, como as Ciências Biológicas, deve ser dinâmica, mutante, complexa, diversa, devendo expressar toda essa biodiversidade, essa interação consigo mesma e com o meio externo, sabiamente apoiada em seus pilares basais o ensino, a pesquisa e extensão.
Essa última atividade citada, a extensão, está aqui simbolizada, na presença do Professor Paulo Padovan (Dept° de Histologia), que além de seu compromisso inquestionável com o ensino de qualidade, desenvolve, juntamente com a sua equipe, um projeto de extensão, aqui destacado, pela sua especificidade, o de trabalhar com alunos de escolas públicas do ensino básico, portadores de necessidades especiais. Revelando assim uma das interfaces dessa instituição, deste Centro, aquela voltada para o ensino médio, para uma minoria silenciosa (os portadores de necessidades especiais), numa ação afirmativa, integradora e inclusiva. Simboliza assim o nosso compromisso com a extensão, que certamente continuará a ser ampliada e valorizada.
Temos ainda na comissão o servidor Mário Ferreira (Dept° de Zoologia), nomeado no inicio dos anos 70, taxidermista, e para rimar eu diria um artista, que me ensinou, nos meados dos anos 70, e assim continua a fazer, uma arte rara, a de empalhar animais. Simbolizando assim a importância do servidor técnico de laboratório, comprometido, na formação de recursos humanos e de profissionais qualificados. Quem esquece das excursões didáticas ou de pesquisa em que ele esteve presente?
Temos ainda Nielson Torres de Melo (Dept° de Fisiologia e Farmacologia) o técnico mais novo, nomeado em setembro de 2006, que assim como tantos outros, devem ser estimulados e valorizados enquanto profissionais, e que nessa escala temporal terá seu papel de destaque na história deste Centro.
Enfim, temos o aluno Alcides do Nascimento Lins, do curso de graduação em Biomedicina, representando aqui o maior segmento da nossa comunidade, os discentes, e ao mesmo tempo representa uma minoria, os alunos de escolas públicas de ensino médio, que superando todas as expectativas, conseguiu ingressar na maior Universidade Pública do Nordeste e em um curso concorrido. Alcides, queremos aqui declarar, nesse momento solene, que não mediremos esforços para que tantos outros, como você, não só cheguem aqui, como permaneçam, concluam seus cursos, retornem bacharéis ou licenciados para as suas comunidades, numa prova concreta de que a universidade pública é de todos e que enfim está cumprindo o seu papel social. Assumimos assim o compromisso de ampliar não só o acesso desses alunos, através da ampliação de cursos pré-acadêmicos, no CCB, através da melhoria da qualidade de ensino das escolas de ensino básico, seja através dos licenciandos aqui formados, seja através da implantação de projetos como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID da CAPES). Entretanto, não basta apenas ampliar esse acesso, temos que criar condições que permitam a sua permanência nessa instituição, seja ampliando o número de bolsas de manutenção acadêmica, de iniciação a docência, previstas no Programa de Assistência Estudantil da UFPE e que certamente se concretizará através do REUNI. Nós temos aqui, presentes, defensores incondicionais dessa causa.
Na realidade, queríamos que essa comissão fosse representativa dos três segmentos de nossa comunidade, servidores técnicos, discentes e docentes, que simbolizasse os pilares dessa instituição, o ensino, a pesquisa e a extensão, de qualidade, e que ao mesmo tempo representasse o passado, o presente e o futuro do CCB.

E o CCB? Qual a dimensão desse novo desafio?

Em um breve diagnóstico: em 27 de maio de 1968, foi criado o Instituto de Biociências, por uma comissão provisória, composta pelos Professores Marcionílio Lins (1º Diretor desse Centro), Hélio Bezerra Coutinho, Moacyr Carneiro Leão, Dárdano de Andrade Lima, Geraldo Mariz, Mota Barbosa e Aluízio Bezerra Coutinho. Em 1972, foram criados os Centros Acadêmicos na UFPE e assim o Instituto de Biociências passou a ser denominado Centro de Ciências Biológicas.
Esse ano portanto, o CCB completará 40 anos, e ao longo de sua história, tem demonstrado seu papel de destaque na construção de uma Universidade, que tem como principio básico a formação de profissionais qualificados e cidadãos comprometidos, através da articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
E os seus recursos humanos? Atualmente no CCB estão lotados 174 docentes, 123 servidores técnicos, distribuídos em 10 Departamentos (Anatomia, Antibióticos, Bioquímica, Botânica, Biofísica e Radiobiologia, Fisiologia e Farmacologia, Genética, Histologia e Embriologia, Micologia e Zoologia). Cerca de 1.694 alunos estão matriculados nos cursos de graduação vinculados a este Centro.
Seus cursos?
Atualmente com quatro cursos de graduação (Ciências Biológicas/ Bacharelado, Ciências Biológicas/ Licenciatura, Ciências Biológicas/ Ciências Ambientais e Biomedicina) vinculados diretamente ao CCB.
Nossos docentes ministram todas as disciplinas básicas dos cursos da Área de Saúde, tendo assim, um laço muito estreito com o Centro de Ciências da Saúde.
Como desafio imediato, temos a implementação de setenta novas vagas, nos atuais cursos de graduação do CCB, já para 2009, e a atualização dos Projetos Pedagógicos desses Cursos.
No que se refere ao ensino de pós-graduação, temos seis programas de pós-graduação recomendados pela CAPES, três dos quais com conceito 5, um com conceito 4 e dois em fase de consolidação.
Ainda em 2008 temos a previsão da implantação de mais um programa de pós-graduação o de Inovação Terapêutica.
No último triênio foram produzidos 342 artigos, 285 dos quais Qualis Internacional A. Demonstrando assim que temos linhas de pesquisas consolidadas, nas áreas de Biodiversidade, Biotecnologia e Saúde.

As atividades de extensão têm sido ampliadas, através do envolvimento, cada vez maior, de docentes, técnicos e discentes em projetos extensionistas, organização de eventos culturais, cursos, seminários, oficinas, entre outros.

Com esses números queremos mostrar não só o potencial deste Centro, bem como a dimensão da responsabilidade que estamos hoje assumindo.
Claro que sabemos dos inúmeros problemas que estão inclusos no contrato que acabamos de assinar. Não vamos começar a enumerá-los ou listá-los, certamente que durante a nossa campanha começamos a elaborar essa lista.
Não hoje.
Hoje, pra mim, é um dia mais que especial, considero-o o dia de meu retorno, depois de quatro anos e meio, dedicados em tempo integral, a uma função na PROACAD, que me foi confiada pelo Magnífico Reitor, aqui presente, e pela Professora Lícia Maia, aos quais agradeço profundamente.
Pelo tempo, posso dizer que saí pra realizar um curso de pós-graduação em gestão acadêmica, claro que em uma área especifica, como em qualquer curso de pós. Certamente que vou sentir saudades de todos da PROACD, do Departamento de Desenvolvimento de Ensino (DDE) em especial, onde criei laços e me parece que firmes, uma vez que vocês vieram prestigiar esse dia e a maioria está aqui presente. Quero apenas dizer “valeu a pena”.
Hoje, consideramos um dia especial, um dia simbólico, onde diante da comunidade, não só do CCB, da UFPE, de nossos gestores máximos, de nosso familiares e amigos, estamos assinando um pacto, um compromisso que consideramos desde o início, coletivo.
De nossa parte consideraremos essa a nossa maior missão, porque ela nos foi confiada através de um processo democrático, transparente, colegiado, os votos da maioria de vocês.
Necessitamos entretanto integrar as nossas forças as dos Chefes de Departamento: Elizabeth Araújo (de Anatomia); Juliana Cavalcanti (de Antibióticos); Antonio Fernando de Oliveira (de Botânica); Eliete Cavalcante (de Histologia e Embriologia); Ranilson Bezerra (de Bioquímica); Neide Santos (de Genética); Almir Wanderley (de Fisiologia e Farmacologia); Cristina Mota (de Micologia); Abel Vieira (de Biofísica e Radiobiologia); Antonio Souto (de Zoologia);
dos Coordenadores: Severina Torres (Sílvia) do Curso de Licenciatura em CB; Paulo Miranda (Biomedicina); Rosângela Piccollo (Bacharelado em CB); Inara Leal (C. Ambientais); Teresa Jansem (Área III); Tereza Correia (Programa de Pós em C. Biológicas); Leonor Costa Maia (Biologia de Fungos); Marcelo Tabarelli (Programa de Biologia Vegetal); Paulo Santos (Biologia Animal); Vera Menezes e Gloria Isolina (Bioquímica e Fisiologia); Marcos Moraes (Genética); Simão Vasconcelos de Extensão; Etiene Lima (Biblioteca).
Dos representantes da Câmara de Técnico Administrativo do CCB (João Amazonas) e dos Diretórios Acadêmicos (CB/Bach.Tiago Jatobá/ CB/Lic. Renata / CB/C.Ambientais, Camila/ Biomedicina, Antônio Odael e Tiago Barreto).

Queremos encerrar agradecendo, a confiança que a comunidade do CCB está nos depositando.
Aos nosso amigos, que deixaram suas atividades e estão aqui nos prestigiando.
Aos nosso familiares, que muitas vezes não compreendem o excesso de trabalho que levamos pra casa, antigamente em pastas pesadas, hoje num diminuto “pen drive”.

Gostaríamos de agradecer, em particular:
A Nelson pai e filho, aqui presentes, Giovanni e Bruno (distantes), me perdoem por mais essa missão, se vocês estão aqui, presentes, é porque também são cúmplices.
Quero agradecer a presença de Norma, Desire e Alexandre meus queridos irmãos, que vieram de tão longe.
Marcelo, queremos contar com a sua valiosa compreensão, pois Sílvia será fundamental na construção desse processo.

Quero pedir permissão a todos os presentes, para finalizar com um “verso” escrito pelo meu pai, de origem muito humilde, que não teve a oportunidade de ter acesso ao ensino superior entretanto proporcionou esse acesso aos seus 13 filhos, e em universidades públicas.
Ele escreveu várias poesias e contos e a ele dedico esse momento, que considero mais uma vitória.
Escolhi, entre vários, um que ele escreveu e me enviou, quando eu me encontrava na França, realizando meu Doutorado.

Folha ao Vento

Ao longe desta terra, de seus rios e vasto mar
Sob outro céu sem estas estrelas brilhantes
Sem estas matas floridas e cerrados verdejantes
Sem as alvas cascatas nos montes e pássaros a cantar

Sei que sentes saudades deste chão e desta gente
Do passado, do presente e dos caminhos já percorridos
Do litoral, do sertão, dos nordestinos sofridos
Desta legião de heróis de pés queimados por esse chão tão quente

Tua vida bem retrata a imagem da fé e da esperança
Deste povo que não se cansa diante de uma luta pra vencer
Que arranca do âmago a energia fecunda, seu néctar do viver
Indomável e resistente a todo esse sofrimento

Um dia, quando subires ao topo, através do reconhecimento do teu trabalho
Ouvirás então a canção de embalo das virtuosas e suadas batalhas
E quando, novos horizontes se abrirem, não percas de vista, nunca
Esta terra amada, tuas raízes, teu berço e desse povo tão sofrido

Muito me custa a espera desses louros que um dia cingirão tua cabeça
Porém, na vida não se ganha sem perdas e grandes sacrifícios
Pois é carregando pedra por pedra e subindo
andar por andar que se constrói
Assim é o preço das saudades por tua ausência

Aqui, o velho pássaro, cabisbaixo, quase sem forças e
sem poder mais voar tão longe, sem poder mais migrar
Fica aqui sonhando, com saudades do seu bando voando, já disperso
Entristece e chora calado, a observar o por sol, agora, sempre do mesmo lugar.
Manoel Izidro Sobrinho ( 17.11.1991)